Aluna

Há um mês eu estava lendo Romanos numa tradução que nunca havia lido, e achei interessante como ao invés do termo "carne" ela usava "desejos dos instintos egoístas". Ou seja, elucida que se trata de tudo aquilo que o ser humano busca, fala e faz sem pensar. E nessa dimensão do não-pensamento ele sempre pensará ser o ego, se colocando a serviço e lutando por ele como aquilo que tem de mais precioso. E o não-pensamento traz consigo o não-sentimento, não há como dissociá-los. Isso se verifica logo no princípio da epístola quando é mencionado que os que não buscam ter Sabedoria são entregues a um sentimento perverso.

Quando cheguei no capítulo 13, logo após o versículo 12, aquele citado por Cecília, eu li ali, "Vivamos honestamente, como em pleno dia: não em orgias e bebedeiras, prostituição e libertinagem, brigas e ciúmes". No outro dia, eu liguei na MTV e daqui a pouco começou um programa chamado Rio Shore, algo do tipo Big Brother. Em dez minutos assistindo aquilo, eu vi tudo que falava no versículo acontecendo ali. E ainda há quem pergunte o que aconteceu com esse canal, não sabendo que o destino do mundo é se tornar pior e pior.

Eu acredito que alguns têm um instinto de não-pertencimento, no qual, mesmo sem pensar, sabem que não são do mundo e, mesmo se quisessem, não conseguiriam se ajustar a ele. Portanto, os convites à "socialização" quando são aceitos só resultam em desconforto e, em meio a todas as vozes vãs, a profética só ganha cada vez mais sentido, até finalmente verem na mesma o único caminho para si, abraçando a bravura necessária à busca de uma Sabedoria ainda sutil em suas mentes, mas já relevante e digna de toda fé.

Ela disse não gostar de balada...

O plano era que aquele carregando o mesmo código ouvisse.

Ela gosta da Luz.